Mosteiro de São Miguel de Refojos

O Mosteiro de São Miguel de Refojos localizado em Cabeceiras de Basto, é conhecido como a ´Joia do Barroco Português em Terras de Basto´. Embora não se conheça com exatidão a data da sua fundação, sabe-se que o primeiro documento relativo ao Mosteiro data de 1122, tendo recebido carta de couto do rei D. Afonso Henriques em 1131.

A administração ruinosa dos abades comendatários levou a uma decadência do espaço, invertida com a integração do Mosteiro, a partir de 1570, na Congregação Beneditina Portuguesa. Realizaram-se então, na primeira metade do século XVII, obras de reconstrução, engrandecimento e embelezamento do Mosteiro. Desse período resta apenas o claustro.

 Em meados do século XVII o mosteiro sofreu um violento incêndio, e no final do século, iniciaram-se as empreitadas do novo mosteiro. O edifício era por esta altura o segundo maior mosteiro beneditino, depois de Tibães, conhecido como a “Casa-Grande”.

Em 1755 iniciou-se a construção da nova igreja, concluída em 1766. Possivelmente o projeto foi da responsabilidade do arquitecto bracarense André Soares. Toda a decoração interior da igreja seguiu o risco de Frei José de Santo António Vilaça. Uma das características distintivas da igreja é o seu Zimbório – único entre os mosteiros da Ordem Beneditina em Portugal -, que culmina com uma estátua do Arcanjo S. Miguel na sua cúpula.

 No seguimento da extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o Mosteiro foi nacionalizado e vendido a privados, tendo o seu recheio sido danificado e disperso. Muitas obras de arte desapareceram ou foram destruídas A igreja torna-se paroquial. Ao longo dos anos o espaço serviu diversos efeitos, como tribunal, repartição da Fazenda e recebedoria e conservatória predial. Em 1944 é instalado numa parte do edifício um Colégio Particular, mais tarde adquirido pelo Arquidiocese de Braga.

Atualmente está instalada no edifício a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.

A igreja e a sacristia estão classificadas como Imóvel de Interesse Público desde 1933.

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